O dia que a rádio peão demitiu metade do quadro de colaboradores:
Imagine um dia normal de trabalho: você vai ao toalete da empresa, entra em uma das cabines e percebe que em seguida entram duas pessoas no banheiro. Elas não são da sua equipe, mas você as reconhece pela voz.
Sem que elas saibam da sua presença, começam a fazer uma fofoca:
– Você nem sabe o que eu fiquei sabendo! Acredita que descobri que a empresa vai implantar um novo sistema de informática e em seguida vai demitir metade dos colaboradores! – fala uma delas.
– Não sabia! Mas isso quase aconteceu em 2015, o gerente Daniel queria trocar o sistema, mas a Camila não deixou. – Foi logo emendando a outra pessoa.
De dentro da cabine você ouve tudo, perplexidade é o que sente. Pois sabe que a informação está completamente equivocada, não é nada disso.
Você sabe que existe sim, a intenção de modernizar o sistema de informática, mas é para ganho em performance e processo.
Além disso, em 2015 o tal gerente Daniel, de quem falavam, nem trabalhava na empresa…
Pois é, você constata que a rádio peão está a pleno vapor.
Mas voltemos ao cenário, você ainda está na cabine tentando decidir se sai e deixa que as pessoas saibam que você ouviu tudo, ou fica mais um pouco até que elas possam ir embora e não vão saber de sua presença.
Para intimidar o falatório, você decide sair. As duas logo notam sua presença e com um “sorriso amarelo” falam “oi” e você com um sorrisinho desafiador, responde “oi!” e em seguida retira-se do banheiro.
Afinal de contas, toalete não é lugar para chamar atenção de ninguém, não é mesmo?
Aqui começa um novo dilema, qual será sua postura a partir disso?
Você vai procurar a liderança dessas pessoas e contar o ocorrido?
Vai procurar as próprias pessoas?
Vai procurar o RH, ou a gerência, quem sabe?
Temos um problema! Você precisa decidir qual atitude vai tomar.
Vejamos, então, o que pode acontecer caso opte por não fazer nada:
O assunto pode tomar uma proporção maior do que deve, um falatório generalizado.
Tempo perdido, baixa produtividade e o desgaste do clima organizacional. Além disso, pode chegar em sua equipe, o pessoal pode desconfiar de sua lealdade, achar inclusive, que você já está preparando a lista da demissão.
Tempo perdido, desmotivação e abalo na confiança, por absolutamente nada!
Se tem uma coisa que funciona perfeitamente, dentro de qualquer empresa, é a rádio peão. Pelos menos é o nome que se usa em São Paulo para a famosa fofoca de corredor. Faça chuva, faça sol, sua transmissão nunca acaba.
Embora o relato seja de uma situação hipotética, é importante que você saiba que neste exato momento muitos colaboradores estão espalhando informações, algumas até relevante, mas muitas são distorcidas e até mesmo mentirosas. O impacto é negativo e agora estamos falando da realidade.
Como eu mencionei anteriormente, a rádio peão não vai parar, mas é possível mudar a programação e usá-la a favor da empresa. Seguem algumas sugestões:
1 – Diante de uma situação como esta é possível reunir todo mundo e dar um “feed bronca” e usar algumas ameaças…
Sinceramente, não acho que seja a melhor solução, além disso, aumenta o mal-estar entre os colaboradores e pode piorar o burburinho. Ou seja, não resolveria o problema.
2 – Podem criar uma intranet com as informações oficiais. É uma boa pedida, mas tem um custo de implantação e manutenção. Também pode ocorrer das pessoas não acessarem com frequência.
3 – Enviar e-mails newsletter. É interessante e custo muito baixo, mas também corre o risco de não ser lido.
4 – Reforço institucional: é um pouco mais trabalhoso, mas é a melhor opção, pois as informações são oficiais, gera um aumento da responsabilidade por parte dos funcionários, que posteriormente poderão ser questionados, caso tenham uma conduta reprovável.
Seria algo semelhante a uma integração de colaboradores (onboarding), mas neste caso voltado para colaboradores veteranos.
Nesta sessão, preferencialmente presencial, serão revisitadas e oficializadas as informações dos seguintes assuntos:
- As principais datas da empresa;
- As pessoas que fizeram parte da história;
- Missão, visão e valores;
- Principais regras de compliance;
- Boas práticas de convivência no dia a dia;
- Principais produtos;
- Posicionamento de marca;
- Modelo de negócio.
Como mencionado, além de presencial, seria muito interessante que fosse em formato de jogos, pois assim também será possível promover mais integração entre os colaboradores, de uma forma mais leve e inovadora.
A DCC Educação Corporativa tem um programa completo e personalizado com esta finalidade, conheça o Navegador.
Esta solução, de reforço institucional, fica mais arrematada se atrelada a reuniões de checkpoint. Lembrando que estes encontros devem ocorrer semanalmente e com duração máxima de vinte minutos. Em breve teremos uma postagem a respeite deste tipo de reunião.
Essa foi mais uma colaboração com a sua liderança, fique à vontade para comentar. Lembrando que estamos à disposição para eventuais dúvidas.